Olá, Rabiscadores!
Onde você mira depois de alcançar um grande objetivo? A vida é feita de ciclos, e o verdadeiro desafio não está apenas em acertar o alvo, mas em manter o foco na mira enquanto o mundo exige sua atenção.
O conto a seguir é um convite para refletir sobre a arte da preparação. É sobre o momento de silêncio que antecede a ação: a análise dos riscos, a escolha da ferramenta certa e o alinhamento de intenção e razão. A cada flecha lançada, uma decisão é tomada e uma nova jornada se inicia.
Sinta a brisa, concentre-se na sua respiração e acompanhe este passo a passo de foco e determinação.
Se a vida é um alvo, esta é a história de como nos preparamos para o nosso próximo grande lançamento.

Depois que meus objetivos são alcançados, eu me sento embaixo de uma sombra, ouvindo o som do mar, para refletir qual será meu próximo passo. Calculo os riscos, olho para todos os lados e penso no que mais preciso na vida e em como farei para conquistá-la. É quando uma ideia passa pela minha cabeça como um enxame de abelhas alvoroçadas. E, depois de alguns rabiscos no papel, lá está meu próximo desafio.
Checo a distância do alvo e as condições climáticas, para não ter nenhum erro. Depois checo minhas flechas, escolho a mais adequada para a ocasião e faço alguns ajustes. Alinho meu arco para não haver desvio. Lanço uma flecha e, mesmo que o alvo não seja alcançado, eu terei de buscá-la, o que torna o trabalho mais cansativo. Feito isso, é hora de colocar em prática o que está no papel.
Tomo o arco na mão esquerda, o lado do coração, onde o que há nele transborda para o arco e o torna um objeto mais que encantado. Depois pego a flecha com a mão direita, o lado da razão, onde o que há nele transborda para a flecha e torna sua viagem mais objetiva e real. Preparo-me para lançá-la ao céu, dou uma última checada em meus rabiscos, para em seguida alinhar o arco na direção certa, puxar a flecha até mim e, enfim, soltá-la para que ela possa sozinha fazer o percurso até o alvo e me mostrar como será a viagem.
E então, eu a sigo com o olhar. Ela vai ficando pequenina até desaparecer no horizonte. Ela chegou ao seu destino. Agora é a minha vez, e a caminhada é longa e traiçoeira, mas eu tenho comigo tudo o que eu preciso: o foco naquilo que eu almejo buscar, a força em minhas pernas para correr atrás desse objetivo e a fé de que vou conseguir alcançar.
E então, chega a hora, e lá vou eu galopando pelos caminhos da vida atrás de mais um objetivo, mais um alvo a ser alcançado.
Conto Centauro Galopante por Aline Duarte, 25/01/2016.
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Um grande abraço e obrigada pela leitura!
Com carinho,
Escritora Aline Duarte
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