Novela ASCENDENTE

Olá, leitores queridos!  Sou Aline Duarte, a autora apaixonada por trás de 'Ascendente', uma obra que está em constante evoluç...

Olá, Rabiscadores! Setembro chegou, e com ele a brisa suave de um novo ciclo. Nesses dias que se estendem, convidamos você a um mergulho pro...

Conto O Que a Alma Sente Além do Olhar

Olá, Rabiscadores!

Setembro chegou, e com ele a brisa suave de um novo ciclo. Nesses dias que se estendem, convidamos você a um mergulho profundo nas paisagens que habitam em cada um de nós. A vida, por vezes, nos leva por ruas desconhecidas, sob céus que parecem escurecer sem aviso. Mas é importante lembrar que, mesmo nas neblinas mais densas, há sempre um caminho a ser descoberto e uma luz a ser alcançada.

Abra-se para as histórias, para as sensações, e permita que o autocuidado e o diálogo revelem novos horizontes de possibilidades. Juntos, podemos iluminar os passos e encontrar a clareira que nos lembra da beleza de cada novo dia.

Conto inédito escrito em 28 de julho de 2017, porém nunca publicado, até agora.




Caminhando pela calçada na orla da praia eu podia sentir a brisa salgada do mar. O som hipnótico das ondas quebrando arrastavam minha mente para longe da minha rotina escolar. Uma gota de suor brotou na minha testa me trazendo para a realidade, usei a manga do casaco de moletom para secar. Talvez a touca fosse o problema, mas com ele me sentia protegida do mundo assustador lá fora.

Imersa em meus pensamentos não notei que, de repente, nuvens escuras taparam o sol e uma nevoa branca brotava dos ladrilhos musgosos e desencaixados. O mundo ao meu redor se tornou sombrio, e a única luz que me guiava vinha de pequenos postes antigos na calçada, como lamparinas quadradas que pareciam acender e apagar conforme eu passava, respondendo apenas à minha presença. Espere, eu andava na orla de madeira, como fui parar no meio da rua? Diminuí o passo, pisando com cuidado para não tropeçar ou escorregar.

O que estava acontecendo?

Não sou de me assustar facilmente, mas a situação era sombria demais; até o Vingador, vilão da Caverna do Dragão, sentiria medo no meu lugar. Um assovio entonou ao meu redor, eu conhecia aquela melodia densa, só não me lembrava de onde. Um estalo em meus ouvidos me fez parar abruptamente e a ficha caiu: era "Wind of Change", do Scorpions! Linda, mas melancólica. De onde vinha? Retomei a caminhada, e a música continuou até que que fosse completamente tocada, e então, o silêncio me abraçou novamente. Nem o som do mar eu ouvia mais.

Isso parecia loucura! Como vim parar aqui? Acelerei os passos na tentativa de escapar, mas era inútil, aquela rua parecia infinita. Deveria ao menos ter passado dez minutos, mas checando o relógio de pulso ele não havia avançado um segundo desde a última vez que o chequei: meio dia e doze.

Cansada, encontrei um banco e parei para descansar sob a fraca luz do poste. Minha boca seca pedia por uma gota de água qualquer, mas eu parecia estar sozinha em lugar nenhum, não havia nada por perto. O poste era a única coisa que eu conseguia ver naquela neblina fechada e cinco metros era o máximo que eu conseguia enxergar além do meu nariz. O calor havia sumido; pelo contrário, o frio só aumentava cada vez mais. Senti um arrepio me atravessar, mas não havia vento. Devia ser o medo me pregando peças.

— Laura — uma voz masculina e sombria cantarolou perto do meu ouvido direito.

Eu estava distraída, cantando baixinho uma música que me veio à cabeça, enquanto olhava meu All Star surrado. Dei um sobressalto ao ouvir meu nome. Era só o que me faltava. Olhei em todas as direções à procura da coisa — fantasma ou o que quer que fosse — que me chamou, esse maldito sabia meu nome. Mas não encontrei nada, nenhuma sombra que pudesse denunciar que eu não estava sozinha. Levantei do banco, buscando uma coragem que eu não tinha. Senti uma força interior, uma curiosidade crescente.

— Oi? — perguntei, com receio e um frio na barriga, para o silêncio das sombras. — Alguém aí? Mostre-se!

Os próximos cinco minutos foram os mais bizarros da minha vida. Olhei para todas as direções escuras ao meu redor, e parecia que só existíamos eu e meu medo. Não havia escolha a não ser retomar a caminhada. Eu nem lembrava o que estava fazendo antes disso... Ah, sim, eu estava indo para a escola, lembrei ao sentir as alças da minha mochila nos ombros.

Ainda exausta e com sede, agora a fome se alastrava pelas minhas entranhas. A noção do tempo eu já havia perdido há muito tempo também. Tudo isso me consumia e a sanidade já começava a me abandonar.

Pouco a pouco, a névoa se dissipou, e o mundo estranho ao meu redor começou a se fundir a uma floresta de folhas verdes ensolaradas. Ali, as árvores se erguiam como pilares vivos, seus galhos entrelaçados formavam tetos naturais por onde a luz se derramava em cascata. O chão era um tapete fofo de grama e pequenas flores vibrantes, pássaros cantarolavam alegremente preenchia o espaço. Não havia medo, apenas um conforto imenso, uma paz que nunca antes experimentara. Meus sentidos se aguçavam para absorver cada detalhe daquele paraíso tranquilo, e eu sabia que, ali, finalmente havia encontrado o meu lugar, um repouso eterno para minha alma cansada.
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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte



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Que semana incrível, Rabiscadores! Se você me viu sumir um pouco das redes, a culpa foi do entusiasmo. Minha escrita ganhou as telas e ...

Do Debate à Entrevista: Os Melhores Momentos da Minha Semana na Literatura



Que semana incrível, Rabiscadores! Se você me viu sumir um pouco das redes, a culpa foi do entusiasmo. Minha escrita ganhou as telas e os textos: tive a honra de participar de um grande debate ao vivo e ceder duas entrevistas que me permitiram falar a fundo sobre o meu trabalho e divulgar meu novo livro ASCENDENTE.


Celebrar a literatura com a comunidade é o que impulsiona o nosso trabalho. Por isso, juntei tudo que rolou em ordem cronológica, para que você possa acompanhar o circuito literário e os meus melhores momentos na mídia.


1. Entrevista FLAL (23/09)

Iniciando a semana de participações, o FLAL (Festival de Literatura e Artes Literárias) publicou uma entrevista escrita focada nos pontos fortes da minha trajetória.


Teaser: Nessa conversa, revelei como foi o início da minha jornada na escrita e qual foi o feedback que mudou minha vida e me deu o impulso necessário para levar a carreira a sério. Para quem está começando, é uma ótima leitura motivacional.

🔗 Confira a Entrevista:



2. O Debate ao Vivo: Nicho Literário no FLAL (25/09)

No dia 25/09, tive a satisfação de participar do Debate Literário: Nicho Literário na 1ª Semana FLAL em Revista. Foi uma experiência muito marcante, sendo a primeira vez participando de live no Festival.


Teaser: Durante o debate, fomos a fundo em como construímos nossos personagens, a importância de dominar o tempo e o espaço em que a história é narrada, e o papel crucial da pesquisa de campo na criação de uma narrativa coesa.


Se você busca dicas práticas de construção narrativa, o replay está disponível.


🔗 Assista ao Debate na Íntegra:



3. A Entrevista Profunda: Suspense em Palavras (26/09)

Fechando a semana, hoje, dia 26/09, saiu a minha entrevista escrita para o blog da talentosíssima escritora e blogueira Aline N., no Suspense em Palavras!

Fiquei muito feliz com a dedicação e o espaço que a Aline N. abriu para a divulgação de autores. Vale muito a pena conferir o trabalho dela!


📰
Entrevista com Aline Duarte
Blog Suspense em Palavras | 26 de Setembro

Teaser: A entrevista é completa e muito especial. O ponto alto foi um conselho, de escritora para escritor (a), dado com o coração: porque somos colegas de trabalho e não inimigos. Uma reflexão necessária sobre a união na literatura.

Clique aqui para ler a entrevista completa!

 

Gratidão e Convite Final

Obrigada por todo o seu apoio! Sem telespectador e leitor, de nada adiantaria essa jornada.


Me diga nos comentários: Qual dos formatos você prefere? O dinamismo do debate ao vivo ou a profundidade das entrevistas escritas?


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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte



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Se você é como eu e respira livros, sabe que o nosso universo literário vai muito além das páginas. É sobre as histórias que compartilhamos,...

Skoob: A Rede Social que Todo Leitor Precisa Conhecer


Se você é como eu e respira livros, sabe que o nosso universo literário vai muito além das páginas. É sobre as histórias que compartilhamos, as indicações que recebemos e as discussões que nos fazem amar ainda mais a leitura. E é exatamente para isso que o Skoob foi criado.

Para quem ainda não conhece, o Skoob é a maior rede social de leitores do Brasil. Mas não é só um lugar para postar fotos das suas capas. É a plataforma onde a sua vida de leitora se organiza e se conecta com uma comunidade apaixonada.

Funcionalidades que Vão Mudar a Sua Leitura

  1. Sua Estante Virtual: Chega de perder a conta dos livros que você leu! No Skoob, você monta sua estante virtual com status de leitura: "Lido", "Lendo", "Quero Ler" e "Relendo". É a forma mais prática de ter um controle sobre todas as suas jornadas literárias.

  2. Comunidade e Desafios: A leitura é, muitas vezes, uma atividade solitária, mas no Skoob ela se torna uma experiência compartilhada. Você pode seguir seus amigos, participar de desafios de leitura, ver o progresso de quem você admira e encontrar pessoas com gostos literários parecidos com os seus.

  3. Avaliações e Resenhas: Antes de comprar um livro, você pode checar a nota média e ler as resenhas de outros leitores. E, depois de ler, pode dar a sua nota e deixar sua opinião, ajudando outros a fazerem suas escolhas. É uma ótima ferramenta para descobrir sua próxima grande paixão literária.

Vamos Nos Conectar no Skoob!

Eu estou no Skoob há algum tempo e adoro me conectar com meus leitores por lá. É um espaço onde eu compartilho minhas leituras, deixo minhas resenhas e acompanho as novidades do universo literário.

Se você já tem um perfil ou ficou curiosa para criar um, me adicione!

É uma forma de você ficar por dentro dos meus próximos lançamentos, ver os bastidores do meu processo de escrita e, claro, me ver surtar com um final de livro inesperado.

Nos vemos lá!

➡️ Clique aqui para me seguir no Skoob



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O dia que tanto esperei finalmente chegou! É com uma imensa alegria e o coração cheio de gratidão que eu anuncio o lançamento oficial de ...

O Amor Está No Ar: Lançamento de "Ele e Ela - Contos de Encontros Românticos"


O dia que tanto esperei finalmente chegou! É com uma imensa alegria e o coração cheio de gratidão que eu anuncio o lançamento oficial de "Ele e Ela - Contos de Encontros Românticos", meu mais novo livro.

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Olá a todos! Escrever sempre foi meu refúgio, a forma como dou sentido ao que sinto, o meu jeito de desabafar e organizar a bagunça da mente...

Poesia Em Minha Própria Escuridão

Olá a todos!


Escrever sempre foi meu refúgio, a forma como dou sentido ao que sinto, o meu jeito de desabafar e organizar a bagunça da mente. Mas há alguns anos, passei por um período de dor tão avassaladora que essa minha válvula de escape simplesmente parou de funcionar. Eu estava tão perdida que as palavras se recusavam a sair. A mente era um turbilhão de pensamentos ruins, vozes acusadoras e um caos que a escrita, meu fiel companheiro, não conseguia mais apaziguar. Eu chorava dia e noite, buscando algum alívio, mas a dor, como um pesadelo em looping, não passava.


O texto que vocês lerão a seguir não nasceu daquela tempestade, mas sim, de sua calmaria. Ele foi pacientemente construído, pedaço por pedaço, com os cacos, os ecos e as frases desconexas que ecoavam em minha mente, tentando em vão traduzir o indizível. Ele é uma tentativa de dar voz àquela dor que, na época, me deixou sem fala.


Hoje, olhando para trás, com o coração em paz, consigo revisitar essa ferida porque ela já não sangra mais. Decidi falar sobre isso e compartilhar a poesia porque me sinto confortável para pensar e relembrar o que aconteceu, e, principalmente, porque entendo que a maior força não está em nunca cair, mas em encontrar a coragem para se levantar da lama.


Para quem está lendo e se sente da mesma forma, ou já se sentiu: esta é a minha mão estendida a você. Continue. Levante-se. Mostre a si mesma a força imensa que você carrega dentro de si. A sua resiliência é a sua maior poesia.


Obrigada por ler.


Em Minha Própria Escuridão


Porque falar, se ninguém me ouve?

Eu grito, mas não sai voz.

Ando pelas ruas, e ninguém me vê.


Senti fome de amor e frio de esperança.

Se eu incomodo tanto assim

Meu lugar não é aqui.


É hora de dizer adeus, e partir.

Se meu coração parar,

A dor também paro de sentir.


Minha mente está presa em solidão,

Mesmo que o sol lá fora brilhe,

Uma mão fria me puxa para a desolação.


A escuridão é assim, envolvente.

Desculpe-me, eu quebrei a promessa

E tentei novamente.


Um dia.

Paz.

Coração, voltará a bater?



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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte




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