Novela ASCENDENTE

Olá, leitores queridos!  Sou Aline Duarte, a autora apaixonada por trás de 'Ascendente', uma obra que está em constante evoluç...

Bem-vindos ao final da jornada, Rabiscadores! Chegamos à última parte de "As Relíquias".  Se você amou a origem de Fin ...

Conto As Relíquias - Parte 3 (final)

Bem-vindos ao final da jornada, Rabiscadores!

Chegamos à última parte de "As Relíquias". 

Se você amou a origem de Fin Stonegard e quer acompanhar o próximo capítulo de sua vida, não perca a chance de ler o livro "Coração de Oceano".

É lá que a história de Fin se cruza com o mundo diferente de Valentina e seus amigos.

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Agora, vamos à conclusão épica de "As Relíquias"!

AS RELÍQUIAS - PARTE 3


♣ PARTE 1 ♣

• PARTE 2 •

Passando um por vez pelo portal, o jovem casal, o mestre feiticeiro e a aprendiz, nessa ordem, chegaram à sala que viram pelo copo mágico, como Rowena gostava de chamar. Era a biblioteca particular do velho mestre, e por isso a chegada ali era segura. Caminharam pelos altos corredores e passagens nas paredes atrás de quadros que serviam de atalho, subindo escadas estreitas, escuras e úmidas até chegarem na sala principal de feitiços, onde Isolde estava à espera das pedras.

— Isolde, lembra-se de Sophia? — pergunta Rhys ao entrar na sala acompanhado pela turma.

— Claro que sim — disse a moça ruiva, feliz por rever a aluna mais aplicada, já formada. As apresentações foram feitas e voltaram sua atenção ao feitiço. — Só preciso das pedras. Tivemos sorte em recuperar algumas, outras não.

— Que bom. Foi um pouco complicado conseguir as nossas, mas estão todas aqui — disse um outro professor de feitiçaria que acabara de chegar.

— Vamos iniciar logo! Fin — Rhys chamou pela atenção do rapaz. — Gostaria que fosse com a professora Elowen para enfeitiçar alguns objetos — então ele se dirigiu à professora. — Elowen, este é Fin Stonegard. Gostaria que o levasse à sala de relíquias. Ele tem um feitiço extremamente potente para tirar os rastros dos objetos. Forneça a ele o material que precisar.

— Sim, Mestre, agora mesmo — ela respondeu, obediente. — Venha comigo, senhor.

Fin e a professora Elowen se dirigiram até a sala de relíquias. Ele sempre andava com o livro de feitiços de seu avô, escrito à mão pelo avô de seu avô. Assim que ela lhe forneceu os ingredientes necessários, ele começou a "limpar" os objetos.

Enquanto isso, em outra sala do castelo, as pedras preciosas eram enfeitiçadas para fazer parte de outro feitiço, que ajudaria na defesa do castelo.


• • • ❉ • • •


Corvin e Rhys Kinney eram irmãos, herdeiros do castelo mais famoso da história. Construído por seus ancestrais, o castelo, por lei antiga, era passado para o filho mais velho. Quando o Grande Mestre Ocla recebeu a herança, ele decidiu usá-lo para lecionar, transformando-o em uma escola de bruxaria e feitiçaria branca. Por seu conhecimento e humildade, Ocla tornou-se o mais poderoso dos Magos da Eslováquia antiga. Ele ensinou suas filhas, Margareth e Margot, que, posteriormente, passaram os ensinamentos a seus próprios filhos com a ajuda de seu pai.

Dos cinco netos de Ocla, apenas três sobreviveram à infância. Os dois filhos de Margot, a filha mais nova, morreram de uma peste horrível, cuja causa, anos mais tarde, foi descoberta como bruxaria proibida. A irmã caçula de Corvin e Rhys, a bebê Elizabeth, também faleceu no parto. Por causa dessas tragédias, a família Kinney ficou reduzida a apenas dois herdeiros.

Corvin, que tinha o mesmo intelecto de seu avô, era fascinado pelo lado proibido da magia desde criança. Ele frequentava bibliotecas às escondidas e lia livros de Magia Proibida. Foi Rhys quem percebeu algo de muito ruim em seu irmão e, tentando evitar o pior, conseguiu se proteger de Corvin, que se afastava cada vez mais da magia branca e do legado da família.

O único objetivo de Corvin era herdar o castelo sozinho e se tornar o Grande Mestre da Magia Proibida, rivalizando com a história de seu avô, que foi Grande Mestre em Magia Branca. Ele desejava formar feiticeiros em sua própria filosofia, para que o poder, finalmente, fosse apenas dele.

Um ataque de magia proibida chegou ao castelo pela parte sul. O ar ficou pesado, e o medo se espalhou como uma neblina fria, pois os atacantes usavam a energia negativa para alimentar seus feitiços. O chão se transformou em um campo de batalha, com esferas de todas as cores explodindo em bichos horrendos ao tocar o chão.

Enquanto isso, em uma sala protegida, Fin, Elowen e Isolde trabalhavam arduamente. Eles terminaram de enfeitiçar as relíquias do antiquário, que detinham muita magia ancestral, e as usaram para auxiliar o feitiço de proteção do castelo.

— Rhys precisa parar essa batalha agora! — gritou Fin, o coração acelerado. O barulho lá de fora fazia sua mente reviver os horrores dos campos de guerra, mas ele se forçou a focar. — Onde está Corvin?

— Ele está lá no topo — Rhys, com seu olhar de águia, apontou para um penhasco em meio a uma clareira, em uma pose triunfal, apenas esperando o momento do ataque final.

— Que não vai acontecer! — Sophia se encheu de raiva e ansiedade, um brilho determinado em seus olhos. — Eu preciso ir até lá para acabar com isso.

— Mas você não pode ir sozinha. É perigoso, Sophia! — advertiu Rhys.

— Eu vou com ela, Mestre Kinney — Fin se manifestou, a voz firme. — Eu preciso estar lá para lançar o feitiço.

— Sem dúvida alguma. Mas vocês precisam de cobertura.

— Eu vou junto — disse Isolde, decidida.

— Vão logo, mas tomem cuidado. Estaremos aqui dando cobertura — Rhys respondeu.

— Sim, Mestre Kinney — responderam em uníssono.

Isolde abriu um portal que os deixou a menos de dez metros de Corvin Kinney. O vilão, concentrado no feitiço que lançava, não percebeu a aproximação. Isolde e Sophia se prepararam. Isolde começou um cântico silencioso, suas mãos se movendo em um padrão preciso no ar, como se estivesse tecendo a própria energia. Sophia, segurando sua mão, a imitou, fechando os olhos para se conectar com a magia do Ar.

— Vou paralisá-lo por alguns minutos — Isolde avisou. — Estão prontos?

Sophia assentiu, e começou a mover suas mãos em uma dança de gestos fluidos e determinados. Seus movimentos moldavam o ar ao redor dela, que começou a brilhar e a se acumular, como uma tempestade silenciosa. Quando havia energia suficiente, ela parou e fechou os olhos. Isolde se posicionou ao lado de Fin, que já estava com o livro do avô aberto.

— Assim que ela abrir os olhos, corremos até ele — Isolde sussurrou. — AGORA!

Os olhos de Sophia se abriram, revelando um rosa-choque intenso. Com um movimento brusco de suas mãos, ela lançou o redemoinho de energia contra Corvin, que ficou envolto e paralisado por alguns minutos.

Foi a chance de Fin. Os três correram em direção ao feiticeiro, até estarem a menos de cinco metros dele. Fin, com o livro de seu avô nas mãos, recitou as palavras com a ajuda de Isolde e, com uma força que não sabia que tinha, lançou o feitiço. O livro brilhou com uma luz dourada, e a energia da relíquia foi canalizada para o feitiço. O poder, que tinha o objetivo de anular o desejo pelo castelo, chegou a Corvin Kinney, que imediatamente parou de dar as ordens de ataque. Seus "alunos" ficaram sem saber o que fazer e recuaram.

A festa foi geral. De volta ao castelo, Corvin Kinney foi aprisionado na masmorra mais alta. Todos os feitiços lançados por ele foram anulados, incluindo a maldição da família da última casa da rua onde Fin morava.

— Você é o nosso herói, Fin — disse Sophia, agarrando-se a ele, e o beijou apaixonadamente. Ele a abraçou de volta, sentindo-se exausto e ainda surpreso com o que tinha feito. A energia mágica havia deixado uma sensação de formigamento em suas mãos.

— Agora que acabou, vamos ajudar na reconstrução e organização da escola — Fin propôs, virando-se para o Mestre Kinney.

— Agradeço a intenção, mas não é preciso — Rhys respondeu, com um sorriso de gratidão. — Já temos muita ajuda. Vocês fizeram mais do que o suficiente por nós. Devem voltar para casa e descansar. Todos nós estaremos em dívida com vocês.

Fin assentiu e, por um impulso, estendeu o livro de capa de couro de seu avô. — Este livro foi o que nos salvou. Seria uma honra doá-lo à escola, Mestre.

Rhys, com a mesma expressão de alívio e admiração de antes, negou com a cabeça. — Fin, este livro é o seu legado. Seu avô o confiou a você. Use-o bem, passe-o para seus filhos e para os filhos deles. Ele será muito importante nas aventuras que virão, tenho certeza.

Com um aceno, os dois se despediram do Mestre Kinney e, de volta à casa de Fin, o casal estava na sala. O silêncio era agradável. Sophia sentou-se ao lado de Fin, o livro sobre a mesinha de centro.

— Você foi incrível hoje — ela disse, segurando a mão dele.

— Eu mal consigo acreditar. A magia não era minha. Eu só... fiz o que o livro me pediu. E você? O que faremos agora?

— A batalha acabou, mas as trevas ainda estão por aí. Corvin foi derrotado, mas outros podem surgir. Nossas famílias e nossos amigos precisam de nós, Fin. Acho que nossa jornada está apenas começando.

Ele a olhou, e um sorriso se formou em seu rosto. A vida simples que ele tanto amava estava em xeque, mas, ao lado de Sophia, ele percebeu que a verdadeira aventura era a que estava por vir. E, juntos, eles estariam prontos para enfrentá-la.


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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte



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Bem-vindos de volta, Rabiscadores! Na semana passada, a vida de Fin Stonegard virou de cabeça para baixo com a chegada da misteriosa Sophia ...

Conto As Relíquias - Parte 2

Bem-vindos de volta, Rabiscadores!

Na semana passada, a vida de Fin Stonegard virou de cabeça para baixo com a chegada da misteriosa Sophia Conrado. Ela revelou estar fugindo de algo e, após um momento de tensão no quintal, prometeu finalmente revelar o segredo que a trouxe até a casa do caçador de relíquias.

Nesta segunda parte, a história se expande além da pequena cidade. Sophia revela a verdade chocante sobre a maldição que a persegue, e a busca por respostas leva Fin diretamente ao lendário castelo do Mestre Ocla.

O perigo está cada vez mais perto. O grande conflito está prestes a começar, e Fin precisa tomar uma decisão: abraçar a magia que seu avô tentou proteger ou voltar para a vida simples que ele tanto preza.

Peguem suas malas e cruzem o portal: a jornada épica continua agora!

AS RELÍQUIAS - PARTE 2


♣ PARTE 1 ♣

◆ PARTE 3 ◆

Sophia lhe revelou a história. A família da mansão, muito rica, foi vítima de uma maldição de um feiticeiro. Ele tentou roubar o coração puro de uma moça, mas um jovem — namorado dela — armou um plano para frustrá-lo. No entanto, o feitiço do feiticeiro transformou o jovem em um lobo, que a machucou. Quando o feitiço foi desfeito, os pais da moça atacaram o feiticeiro. Irritado, ele os amaldiçoou. Agora, eles não podiam mais sair na luz do sol. Uma família inteira, condenada a viver na escuridão.

Além da cidade e de seus edifícios altos, escondida por um feitiço de ocultação, ficava a Floresta Amaldiçoada por Bruxos. Lá dentro, portões de ouro reluziam, e por trás deles, erguia-se o enorme castelo do antigo mestre Ocla, que servia como uma escola de bruxaria e feitiçaria branca. Fundada por Ocla, um ex-membro da Academia Real dos Lux, a escola foi criada com a intenção de ser um refúgio e local de aprendizado para os feiticeiros comuns, que não tinham acesso às tradições da realeza.

Depois de um recente ataque a um Empório de Especiarias e Essências Mágicas — o mais completo e antigo da cidade —, a apreensão e a ansiedade se espalharam entre os feiticeiros que faziam parte do conselho da escola. Eles se reuniram para descobrir o que havia acontecido, todos com um visível temor.

— Tantos anos e Corvin Kinney estava quieto… Era de se esperar que estivesse mesmo planejando algo — disse o mestre Rhys, inquieto. Ele andava de um lado para o outro com suas pernas curtas dentro da sala rodeada por livros, o nervosismo estampado em seu rosto.

— E o que aconteceu depois que o pegaram no flagra? — questionou Elara, sua aprendiz mais evoluída do quinto ano.

— Ele fugiu, e levou alguns ingredientes com ele. Tentamos segui-lo, mas o perdemos de vista. Está mais ágil e rápido que das outras vezes, nem parece ser mais velho que eu.

— Pesquisei os ingredientes que ele roubou — a jovem aprendiz completou, mostrando algumas folhas ao feiticeiro. — E, depois de comparar com alguns feitiços, veja o resultado.

— O feitiço Cravo e Rosa — ele leu nos arquivos, o medo em sua voz. — Um feitiço de ataque simples.

— Sim, mas com uma variação. Se alterar os ingredientes ou combinar com outros feitiços, ele se torna muito poderoso.

— Antes de sair à sua procura, temos que nos proteger. Ele já deve saber de nossas intenções. Se ele modificou um feitiço básico como este, imagine os outros?

Três batidas leves foram ouvidas na porta principal. Mestre Rhys deu liberdade para entrar, e Isolde, uma das professoras mais fiéis à escola e também parte do conselho, entrou na sala, com um olhar de preocupação.

— Com licença, mestre Rhys? — ele acenou com a cabeça para a jovem de pele alva e cabelos em ondas douradas prosseguir.

— O alerta foi dado em todas as partes do castelo: classes, dormitórios, inclusive nas masmorras — disse Isolde com sua voz doce e firme, mas com uma clara tensão.

— Certo, precisa de algo mais? — o velho ancião bem sabia o que rondava aquela cabeça jovem.

— Mestre, sempre lendo meus pensamentos — proferiu com graciosidade, apesar da ansiedade. — As pedras preciosas. Precisamos ir atrás delas.

— Elas estão espalhadas pelo mundo. Nosso Mestre Ocla as separou há muitos anos durante a batalha contra o Reino das Trevas.

— Vou reunir nossos melhores alunos rastreadores para ir junto.

— Certo. Vou começar os feitiços para encontrá-los o mais rápido possível. Estarei em minha sala de feitiços.

— Vamos nos separar. Assim, buscamos mais rápido.

— Boa ideia. Os feitiços para encontrar as pedras estão aqui. Boa sorte.


• • • ❉ • • •


Fin Stonegard e Sophia desfrutavam de sua companhia em uma tarde fresca na grande casa alugada do rapaz, enquanto a moça o ajudava com a revisão de seu livro sobre as relíquias que ele havia conseguido para seu antiquário. Em um momento de calmaria, pássaros cantarolavam enquanto gotículas se acumulavam no limite mais baixo das telhas. Ao abaixar a caneca de café até a mesa, a campainha tocou solenemente. Sophia atendeu a porta no primeiro toque.

— Boa tarde, mestre! Entre, por favor. — sob o olhar questionador de Fin, Sophia apenas o devolveu um olhar sereno.

— Temos um grande problema — diz um senhor de barba longa e completamente branca, aparentemente com 150 anos. — Esta é minha aprendiza Rowena.

— Boa tarde, senhores — saudou Rowena.

— Mestre Ocla deixou uma pedra sob seus cuidados há alguns anos, não é, querida Sophia?

— Sim, está comigo — a moça tirou de dentro do decote um pingente do tamanho de uma unha com uma pedra lapidada em corte princesa luxuoso pendurada em sua gargantilha prateada. — Mas por que precisam dela? Tem algo a ver com o feiticeiro Corvin Kinney?

— Sim. Ele já tem um enorme exército a seu favor, segundo notícias que recebemos, apenas esperando segunda ordem para nos atacar. Precisamos das Pedras para enfeitiçar o castelo.

— E como o encontraram?

— Ele atacou e saqueou nosso Empório de Especiarias e Essências Mágicas na cidade. Nossos aprendizes do mais alto escalão, que estudavam e cuidavam da loja no momento do ataque, tiveram sorte em continuar vivos. Ele conseguiu um ingrediente raro para o feitiço, que precisa da lua cheia, e ela está próxima.

— Vamos ajudar, sim, mas antes preciso fazer minhas malas.

— Traga pouca coisa, não pretendemos demorar com isso — enquanto Sophia subiu os degraus para arrumar as malas, o velho mestre reparou em um livro de capa de couro na mesinha de centro. — Este livro? — perguntou ele, indo em direção a ele com os olhos mareados, uma mistura de alívio e surpresa.

— O livro do meu avô, o que tem ele? — pergunta Fin.

— Eu procurei por ele por anos! — exclamou Rhys, a voz embargada pela emoção.

— Eu sou caçador de relíquias. Herdei do meu avô — o rapaz respondeu, confuso. — Eu compro relíquias, depois as restauro.

Rhys se perguntava como não conseguiu encontrá-lo antes. Usou dos maiores e mais difíceis feitiços de procura, sem sucesso.

— O que você fez para encantar esse objeto? Eu procurei por anos.

— Meu avô me ensinou. Ele tem uma magia que usamos para limpar qualquer rastro da relíquia, para não ter problemas com antigos donos.

— Isso é interessante. Precisamos que venha conosco também, senhor Stonegard — o mestre disse, pensativo.

Por um momento, o rapaz se sentiu intimidado, mas a confiança que sua amada Sophia tinha naquelas pessoas o fez deixar o sentimento de lado e concordar.

Após as malas de Fin e Sophia estarem prontas e a casa fechada, a aprendiz Rowena abriu um portal que ia direto para a escola. Era como um espelho redondo no ar e na altura humana, nele podia-se ver do outro lado um pouco distorcido, como ondinhas em um copo d'água.

— Prontos?


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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte



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Olá, Rabiscadores! Preparem-se para voltar no tempo e mergulhar em um universo mágico que vocês já conhecem! Este conto, "As Relíquias...

Conto: As Relíquias - Parte 1

Olá, Rabiscadores!

Preparem-se para voltar no tempo e mergulhar em um universo mágico que vocês já conhecem!

Este conto, "As Relíquias", é um spin-off do meu livro, "Coração de Oceano". Aqui, você descobrirá a história de Fin Stonegard — o caçador de relíquias que, no livro, desempenha um papel crucial para os Lux.

Os acontecimentos que você está prestes a ler antecedem os eventos de "Coração de Oceano". É o momento em que Fin é puxado para o mundo mágico e descobre seu verdadeiro legado.

Não se preocupe: as histórias são distintas, e você não precisa ter lido o livro para entender e amar o conto. Mas se prepare, pois esta jornada épica de magia ancestral, linhagens secretas e grandes ameaças é o que molda o herói que Fin se tornará!

A aventura de Fin Stonegard começa agora!


AS RELÍQUIAS - PARTE 1


• PARTE 2 •

PARTE 3


A Grande Magia que uniu os elementos e deu origem aos seres mágicos há séculos, o povo Lux, se dividiu em doze famílias reais. Cada família, guardiã de um elemento — Água, Terra, Ar e Fogo —, se instalou em lugares remotos e extremos do mundo. Eles viviam de forma discreta, preservando sua magia e sua história longe dos humanos.

Apesar de milênios de paz, um grande conflito se ergueu: as trevas, que sempre assombraram o povo Lux, estavam de volta. Um feitiço antigo foi usado para enfraquecer os Lux, e a única forma de protegê-los era aprisionando a própria fonte da magia em doze pedras preciosas, uma para cada família. A Caixa de Pandora, um baú de madeira encantado, se tornou o cofre para essas pedras, e o povo Lux se espalhou pelo mundo.

A linhagem da família Kinney se tornou responsável por guardar a Caixa, e as doze famílias se dividiram entre humanos para protegê-los das trevas. A família Stonegard, de Fin, ficou encarregada de guardar os Lux.

• • • ❉ • • •

Fin Stonegard, o neto de um renomado caçador de relíquias, morava em uma pequena cidade no interior, onde os poucos carros se moviam de forma quase sonolenta, deixando as janelas das casas, feitas de madeira e com varandas, iluminadas pelas luzes das ruas. Seu avô, um dos poucos humanos que sabia da existência dos Lux, ensinou o neto a reconhecer os seres mágicos e a proteger a magia.

Enquanto revisava seu catálogo de relíquias, Fin pensou em seu avô. Ele usava um livro antigo de capa de couro cinza, uma herança que continha os segredos e as localizações das pedras. Para ele, tudo era apenas uma história, mas a beleza do livro o fazia folheá-lo com reverência.

Ele acordou cedo, ainda sonolento. Depois de um café revigorante, saiu para a caçada de seu grande tesouro. Chegou em frente a uma mansão linda, de traços modernos, com um jardim enorme. A beleza da casa destoava da cidade pacata. Antes que ele pudesse tocar a campainha, um homem fardado veio recebê-lo. Apresentou-se, e foi direcionado a um gramado lateral, onde a dona da casa, a senhorita Conrado, o esperava.

— Bom dia, senhorita Conrado — respondeu ele, tentando soar profissional, mas sua voz falhou um pouco. A beleza dela era impressionante.

— Junte-se a mim para a primeira refeição, se preferir. Falaremos dos artefatos depois.

— Já tomei meu café — respondeu ele, sorrindo —, mas quem resistiria a este convite?

Ela era linda. Cabelos negros como a noite, pele branca como a neve, olhos verdes como esmeralda. Ele, que sempre tinha as palavras na ponta da língua, se pegou sem nenhuma quando a olhou nos olhos. Para sua surpresa, ela se interessou genuinamente pelo que ele falava, algo raro entre herdeiros. Assinaram os documentos e, ao final, ele pegou as medalhas e broches antigos que haviam pertencido ao pai dela, o Coronel Conrado.

— Ele foi como um pai para mim no exército — comentou, surpreso e emocionado. — Eu o conhecia.

A expressão de Sophia mudou, e ela se inclinou para frente.

— Stonegard... você é o Sargento Stonegard? Meu pai falou muito de você e estive te procurando desde a morte dele.

— Sim, eu sou. Faz uns anos que saí do exército para morar com meu avô e herdar o antiquário.

— Ele deixou algo para você. Vou buscar.

Ela voltou com um pequeno baú. Dentro, havia dezenas de broches novos e um com o nome dele: "Coronel Conrado".

— Obrigada pelo grandioso presente, senhorita Conrado. Eu nunca a reconheceria, você era muito pequena na época.

— É, eu tinha quatorze anos! Você mudou muito também — ela disse, com um sorriso, em tom de leve inconformismo. — A propósito, pode me chamar de Sophia.

— E eu já tinha vinte... Desculpe, não prestei muita atenção. Mas não vou mais me esquecer disso, Sophia.

Riram juntos. Sophia realmente se sentiu confortável na companhia dele, tanto que passaram horas juntos. Ela lhe mostrou cada canto daquele pequeno castelo como, por exemplo, as coleções particulares do Coronel, entre armaduras, espadas e escudos da antiguidade, até armas de fogo atuais.

Chegou a hora do almoço e ele ainda estava lá, e antes que pudesse abrir a boca para se despedir, ela o puxou pelo braço pelos corredores, dizendo que ele não tinha escolha. Confessou que ficou com medo, ele falava que ela era misteriosa, ainda mais sendo filha de um veterano de guerra. Chegaram a uma enorme porta dupla, a sala de jantar. Então foi a primeira vez que almoçou com uma garota desde… Muito tempo. Terminaram de almoçar, ele a agradeceu, pegou suas relíquias e se dirigiu à porta principal para pegar seu carro. Ela estava radiante e da porta acenou para ele; de onde ele estava, ela ainda era linda.

Depois do almoço, ele pegou suas relíquias e se dirigiu ao cartório para autenticar os papéis. Voltou para casa perto das seis da tarde, exausto. Tomou um banho e foi preparar algo para comer, já era quase dez da noite quando ouviu um barulho no quintal. Para sua surpresa, era Sophia. Ela vestia roupas rasgadas, e estava visivelmente abalada.

— Sophia? Você está bem? O que aconteceu? — ele perguntou, o coração acelerado.

Ela o olhou, e ele viu o desespero em seus olhos esmeralda.

— Desculpe aparecer assim, Stonegard, eu sei que mal nos conhecemos, mas preciso ficar aqui esta noite.

O cheiro de problema e aventura sempre o atraía, e agora estava misturado à urgência dela.

— Por mim não há problema algum. Mas por que não pode me dizer o que está acontecendo?

Ela balançou a cabeça, o corpo tremendo levemente.

— Não posso te dizer agora.

— E por que não? — ele insistiu, sentindo a adrenalina subir.

— Quando chegar a hora, você saberá — disse ela, com uma voz firme, mas esgotada, encerrando o assunto.

Ele arrumou roupas limpas e uma cama para ela, e sentaram no sofá juntos. Ela segurou suas mãos e adormeceu em minutos. Ele foi para o seu quarto e, perto das três da manhã, acordou com um vento gelado. Sophia estava na sacada, com um binóculo nas mãos.

— Você está bem? — ele perguntou.

— Sim. Mas daqui tenho uma visão melhor daquela mansão. Incomoda-se?

— De jeito algum. Só não esperava... — ele percebeu que estava nu. — Desculpe-me, estou acostumado a ficar sozinho e nem me lembrei...

— Você trancou a porta — disse ela, arqueando uma sobrancelha. — Eu precisava de uma visão melhor. Se vista e venha ver, estarei de costas.
Ele tentou se vestir rápido, mas ela se virou e riu.

— Fica tranquilo. Não vou te matar por isso.

Ele pegou o binóculo e apontou para a mansão. Viu uma sombra de traços humanos fazer um sinal com as mãos. Sophia gemeu de dor, uma lágrima escorrendo de seus olhos.

— O que foi isso? — ele perguntou, assustado.

— Agora posso te contar.

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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte



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Um minuto de silêncio para todos os falecidos em "30 Dias" Agora que foram feitas as honras aos mortos, não poderíamos deixar de l...

Novela 30 Dias


Um minuto de silêncio para todos os falecidos em "30 Dias"


Agora que foram feitas as honras aos mortos, não poderíamos deixar de lado aqueles que se recusam a partir... Olá, eu sou Aline Duarte, a autora por trás de "Ascendente", e convido vocês a mergulharem comigo em um novo projeto onde o descanso não é garantido: "30 Dias".


Este livro tem uma história de origem bem peculiar. Ele nasceu lá em 2017, durante o NANOWRIMO, um desafio de escrita intenso onde autores se propõem a escrever uma quantidade massiva de palavras em apenas 30 dias. E sim, eu bati a meta! Se você é curioso para saber como foi essa jornada dia a dia, pode conferir o diário do desafio aqui.


E a curiosidade engraçada por trás do título? Bem, como o desafio era justamente escrever durante trinta dias, a criatividade para o nome do livro foi... escassa! Então, na falta de algo mais brilhante, decidi que a protagonista escreveria um diário exatamente por trinta dias. Para completar o desafio, escolhi um assunto que eu nem gostava muito – zumbis! – para me empurrar ao limite. E não é que deu certo?


Agora, depois de muita revisão e carinho, "30 Dias" está tomando forma e promete te prender do início ao fim. Preparem-se para um mergulho em um futuro não tão distante, onde a cada pôr do sol, o terror espreita.


EM BREVE DISPONÍVEL

Sinopse de "30 Dias":

Eu sinto que meus dias estão chegando ao fim. Exausta, faminta e com os últimos recursos desaparecendo, me vejo sozinha. Meus amigos de jornada saíram em busca de sorte, mas o silêncio que os segue diz que talvez não voltem – ou não da mesma forma. Lá fora, o perigo espreita: criaturas sombrias, sensíveis à luz, que antes eram humanos. De dia, eles se escondem, à espreita. Mas quando as sombras da noite caem, emergem com uma fúria brutal e uma astúcia aterrorizante, tornando cada entardecer uma batalha pela vida.


Enquanto eu tiver forças, vou registrar. Meu nome é Nora Pontak. Minha idade, minha origem… nada disso importa agora. O mundo que conheci, aquele de 2072 onde tudo estava integrado à vida digital e era previsível, foi varrido. Meu diário digital, integrado ao meu smartwatch, tem sido a única forma de registrar esses trinta dias de inferno, de perdas irreparáveis e de uma luta insana por cada alvorecer. Só não queria morrer aqui, desse jeito. Espero que alguém encontre estes registros antes que eu também me torne uma sombra. Desejem-me sorte.




"30 Dias" está em processo de aprimoramento final e, diferente de "Ascendente", não será postado capítulo a capítulo. Quando o livro estiver completamente finalizado, disponibilizarei uma degustação para vocês antes que ele siga direto para a venda. Fiquem ligados para mais novidades em breve!


Um grande abraço e boa leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte




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