Novela ASCENDENTE

Olá, leitores queridos!  Sou Aline Duarte, a autora apaixonada por trás de 'Ascendente', uma obra que está em constante evoluç...

Bem-vindos ao final da jornada, Rabiscadores! Chegamos à última parte de "As Relíquias".  Se você amou a origem de Fin ...

Conto As Relíquias - Parte 3 (final)

Bem-vindos ao final da jornada, Rabiscadores!

Chegamos à última parte de "As Relíquias". 

Se você amou a origem de Fin Stonegard e quer acompanhar o próximo capítulo de sua vida, não perca a chance de ler o livro "Coração de Oceano".

É lá que a história de Fin se cruza com o mundo diferente de Valentina e seus amigos.

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Agora, vamos à conclusão épica de "As Relíquias"!

AS RELÍQUIAS - PARTE 3


Passando um por vez pelo portal, o jovem casal, o mestre feiticeiro e a aprendiz, nessa ordem, chegaram à sala que viram pelo copo mágico, como Rowena gostava de chamar. Era a biblioteca particular do velho mestre, e por isso a chegada ali era segura. Caminharam pelos altos corredores e passagens nas paredes atrás de quadros que serviam de atalho, subindo escadas estreitas, escuras e úmidas até chegarem na sala principal de feitiços, onde Isolde estava à espera das pedras.

— Isolde, lembra-se de Sophia? — pergunta Rhys ao entrar na sala acompanhado pela turma.

— Claro que sim — disse a moça ruiva, feliz por rever a aluna mais aplicada, já formada. As apresentações foram feitas e voltaram sua atenção ao feitiço. — Só preciso das pedras. Tivemos sorte em recuperar algumas, outras não.

— Que bom. Foi um pouco complicado conseguir as nossas, mas estão todas aqui — disse um outro professor de feitiçaria que acabara de chegar.

— Vamos iniciar logo! Fin — Rhys chamou pela atenção do rapaz. — Gostaria que fosse com a professora Elowen para enfeitiçar alguns objetos — então ele se dirigiu à professora. — Elowen, este é Fin Stonegard. Gostaria que o levasse à sala de relíquias. Ele tem um feitiço extremamente potente para tirar os rastros dos objetos. Forneça a ele o material que precisar.

— Sim, Mestre, agora mesmo — ela respondeu, obediente. — Venha comigo, senhor.

Fin e a professora Elowen se dirigiram até a sala de relíquias. Ele sempre andava com o livro de feitiços de seu avô, escrito à mão pelo avô de seu avô. Assim que ela lhe forneceu os ingredientes necessários, ele começou a "limpar" os objetos.

Enquanto isso, em outra sala do castelo, as pedras preciosas eram enfeitiçadas para fazer parte de outro feitiço, que ajudaria na defesa do castelo.


• • • ❉ • • •


Corvin e Rhys Kinney eram irmãos, herdeiros do castelo mais famoso da história. Construído por seus ancestrais, o castelo, por lei antiga, era passado para o filho mais velho. Quando o Grande Mestre Ocla recebeu a herança, ele decidiu usá-lo para lecionar, transformando-o em uma escola de bruxaria e feitiçaria branca. Por seu conhecimento e humildade, Ocla tornou-se o mais poderoso dos Magos da Eslováquia antiga. Ele ensinou suas filhas, Margareth e Margot, que, posteriormente, passaram os ensinamentos a seus próprios filhos com a ajuda de seu pai.

Dos cinco netos de Ocla, apenas três sobreviveram à infância. Os dois filhos de Margot, a filha mais nova, morreram de uma peste horrível, cuja causa, anos mais tarde, foi descoberta como bruxaria proibida. A irmã caçula de Corvin e Rhys, a bebê Elizabeth, também faleceu no parto. Por causa dessas tragédias, a família Kinney ficou reduzida a apenas dois herdeiros.

Corvin, que tinha o mesmo intelecto de seu avô, era fascinado pelo lado proibido da magia desde criança. Ele frequentava bibliotecas às escondidas e lia livros de Magia Proibida. Foi Rhys quem percebeu algo de muito ruim em seu irmão e, tentando evitar o pior, conseguiu se proteger de Corvin, que se afastava cada vez mais da magia branca e do legado da família.

O único objetivo de Corvin era herdar o castelo sozinho e se tornar o Grande Mestre da Magia Proibida, rivalizando com a história de seu avô, que foi Grande Mestre em Magia Branca. Ele desejava formar feiticeiros em sua própria filosofia, para que o poder, finalmente, fosse apenas dele.

Um ataque de magia proibida chegou ao castelo pela parte sul. O ar ficou pesado, e o medo se espalhou como uma neblina fria, pois os atacantes usavam a energia negativa para alimentar seus feitiços. O chão se transformou em um campo de batalha, com esferas de todas as cores explodindo em bichos horrendos ao tocar o chão.

Enquanto isso, em uma sala protegida, Fin, Elowen e Isolde trabalhavam arduamente. Eles terminaram de enfeitiçar as relíquias do antiquário, que detinham muita magia ancestral, e as usaram para auxiliar o feitiço de proteção do castelo.

— Rhys precisa parar essa batalha agora! — gritou Fin, o coração acelerado. O barulho lá de fora fazia sua mente reviver os horrores dos campos de guerra, mas ele se forçou a focar. — Onde está Corvin?

— Ele está lá no topo — Rhys, com seu olhar de águia, apontou para um penhasco em meio a uma clareira, em uma pose triunfal, apenas esperando o momento do ataque final.

— Que não vai acontecer! — Sophia se encheu de raiva e ansiedade, um brilho determinado em seus olhos. — Eu preciso ir até lá para acabar com isso.

— Mas você não pode ir sozinha. É perigoso, Sophia! — advertiu Rhys.

— Eu vou com ela, Mestre Kinney — Fin se manifestou, a voz firme. — Eu preciso estar lá para lançar o feitiço.

— Sem dúvida alguma. Mas vocês precisam de cobertura.

— Eu vou junto — disse Isolde, decidida.

— Vão logo, mas tomem cuidado. Estaremos aqui dando cobertura — Rhys respondeu.

— Sim, Mestre Kinney — responderam em uníssono.

Isolde abriu um portal que os deixou a menos de dez metros de Corvin Kinney. O vilão, concentrado no feitiço que lançava, não percebeu a aproximação. Isolde e Sophia se prepararam. Isolde começou um cântico silencioso, suas mãos se movendo em um padrão preciso no ar, como se estivesse tecendo a própria energia. Sophia, segurando sua mão, a imitou, fechando os olhos para se conectar com a magia do Ar.

— Vou paralisá-lo por alguns minutos — Isolde avisou. — Estão prontos?

Sophia assentiu, e começou a mover suas mãos em uma dança de gestos fluidos e determinados. Seus movimentos moldavam o ar ao redor dela, que começou a brilhar e a se acumular, como uma tempestade silenciosa. Quando havia energia suficiente, ela parou e fechou os olhos. Isolde se posicionou ao lado de Fin, que já estava com o livro do avô aberto.

— Assim que ela abrir os olhos, corremos até ele — Isolde sussurrou. — AGORA!

Os olhos de Sophia se abriram, revelando um rosa-choque intenso. Com um movimento brusco de suas mãos, ela lançou o redemoinho de energia contra Corvin, que ficou envolto e paralisado por alguns minutos.

Foi a chance de Fin. Os três correram em direção ao feiticeiro, até estarem a menos de cinco metros dele. Fin, com o livro de seu avô nas mãos, recitou as palavras com a ajuda de Isolde e, com uma força que não sabia que tinha, lançou o feitiço. O livro brilhou com uma luz dourada, e a energia da relíquia foi canalizada para o feitiço. O poder, que tinha o objetivo de anular o desejo pelo castelo, chegou a Corvin Kinney, que imediatamente parou de dar as ordens de ataque. Seus "alunos" ficaram sem saber o que fazer e recuaram.

A festa foi geral. De volta ao castelo, Corvin Kinney foi aprisionado na masmorra mais alta. Todos os feitiços lançados por ele foram anulados, incluindo a maldição da família da última casa da rua onde Fin morava.

— Você é o nosso herói, Fin — disse Sophia, agarrando-se a ele, e o beijou apaixonadamente. Ele a abraçou de volta, sentindo-se exausto e ainda surpreso com o que tinha feito. A energia mágica havia deixado uma sensação de formigamento em suas mãos.

— Agora que acabou, vamos ajudar na reconstrução e organização da escola — Fin propôs, virando-se para o Mestre Kinney.

— Agradeço a intenção, mas não é preciso — Rhys respondeu, com um sorriso de gratidão. — Já temos muita ajuda. Vocês fizeram mais do que o suficiente por nós. Devem voltar para casa e descansar. Todos nós estaremos em dívida com vocês.

Fin assentiu e, por um impulso, estendeu o livro de capa de couro de seu avô. — Este livro foi o que nos salvou. Seria uma honra doá-lo à escola, Mestre.

Rhys, com a mesma expressão de alívio e admiração de antes, negou com a cabeça. — Fin, este livro é o seu legado. Seu avô o confiou a você. Use-o bem, passe-o para seus filhos e para os filhos deles. Ele será muito importante nas aventuras que virão, tenho certeza.

Com um aceno, os dois se despediram do Mestre Kinney e, de volta à casa de Fin, o casal estava na sala. O silêncio era agradável. Sophia sentou-se ao lado de Fin, o livro sobre a mesinha de centro.

— Você foi incrível hoje — ela disse, segurando a mão dele.

— Eu mal consigo acreditar. A magia não era minha. Eu só... fiz o que o livro me pediu. E você? O que faremos agora?

— A batalha acabou, mas as trevas ainda estão por aí. Corvin foi derrotado, mas outros podem surgir. Nossas famílias e nossos amigos precisam de nós, Fin. Acho que nossa jornada está apenas começando.

Ele a olhou, e um sorriso se formou em seu rosto. A vida simples que ele tanto amava estava em xeque, mas, ao lado de Sophia, ele percebeu que a verdadeira aventura era a que estava por vir. E, juntos, eles estariam prontos para enfrentá-la.


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Um grande abraço e obrigada pela leitura!


Com carinho,

Escritora Aline Duarte



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